SAÚDE

Após atropelamento, menina de 6 anos supera traumatismo craniano grave no HRT, em Itaituba
Valentina de Sousa Teles apresentou recuperação considerada acima das expectativas. O caso é apontado pela equipe médica como um dos quadros mais complexos já atendidos na unidade

A menina Valentina de Sousa Teles, de 6 anos, apresentou recuperação considerada acima das expectativas após sofrer um traumatismo craniano grave e passar por uma neurocirurgia de emergência no Hospital Regional do Tapajós (HRT), em Itaituba. O caso é apontado pela equipe médica como um dos quadros mais complexos já atendidos na unidade.

O acidente ocorreu em 4 de novembro, na comunidade Soledade Lago Grande, a cerca de 72 km do centro de Santarém, próximo ao município de Juruti, no Baixo Amazonas. Valentina foi atingida por uma motocicleta e arremessada por quase 20 metros, sofrendo fratura exposta no crânio e múltiplas lesões intracranianas. Ao chegar ao hospital, apresentava fraturas extensas nas regiões parietal, frontal e temporal, hematomas internos e perda de tecido cerebral, um conjunto de lesões que normalmente representa alto risco de morte.

O neurocirurgião responsável pelo procedimento, João Fabrício Palheta, explicou que a intervenção precisou ser imediata. Segundo ele, o objetivo principal era descomprimir o cérebro rapidamente. "Removemos os fragmentos ósseos, drenamos os hematomas e controlamos a pressão intracraniana. Era uma situação extremamente delicada, e cada passo tinha que ser preciso", afirmou.

Após a cirurgia, o quadro da criança foi estabilizado. Em casos semelhantes, mesmo com atendimento rápido, é comum que pacientes apresentem sequelas motoras, cognitivas ou comportamentais. No entanto, Valentina demonstrou evolução considerada excepcional e recebeu alta no dia 27 de novembro. Até o momento, não apresenta sequelas e segue se recuperando em casa. Ela permaneceu internada por 23 dias, acompanhada por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de neurocirurgia, fisioterapia, enfermagem, fonoaudiologia e imagem.

A mãe da criança, Carolany Batista Teles, de 28 anos, acompanhou todo o processo e relatou que recebeu diferentes prognósticos antes de chegar ao HRT. "Cheguei em Itaituba com medo. Os primeiros médicos por onde passamos não deram esperança. Aqui no Regional do Tapajós, minha filha recebeu todo o cuidado possível, ela foi atendida pelos melhores médicos. Hoje volto para casa com minha filha nos braços, feliz e grata por vê-la bem. Ela é um milagre", afirmou.

O diretor técnico do HRT, Lucas Vergani, destacou a importância da unidade para a região do oeste do Pará. De acordo com ele, o hospital se consolidou como referência em traumatologia e neurocirurgia. "Somente em 2025, foram cerca de 257 procedimentos realizados. Esse volume demonstra a importância da unidade para o Oeste do Pará", ressaltou.
  Fonte: Agência Pará

Fale conosco ou participe do nosso grupo no WhatsApp




COMENTÁRIOS







VEJA TAMBÉM



SAÚDE  |   13/11/2025 11h37

Itaituba - PA
 




SAÚDE  |   12/11/2025 11h18

Itaituba - PA
 

SAÚDE  |   03/11/2025 10h16

Itaituba - PA